sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Chuva...


Demorou, mas finalmente chegou. Depois de todos esses dias, de tanto calor, de tanto ventilador ligado, enfim a chuva decidiu aparecer. Bom, não vim aqui pra falar da chuva em si, mas como foi justamente ela que me fez pensar algumas coisas, decidi então coloca-las no papel para compartilhar com vocês. Sendo a chuva a matriz da minha reflexão acho justo que ela mereça estar no título.

Sim, a chuva me fez pensar sobre a vida. Me fez tentar entender o porque das coisas que acontecem. Compreender o porque de fazer sol e depois chover, o porque de estar bem e logo em seguida estar mal. E com isso tive uma simples conclusão: nada nessa vida é permanente, nada é constante. Tudo é ciclíco, tudo tem um início, um meio e um fim. Mas não penso nesse fim como um fim propriamente dito, e sim um novo começo. 

Seja cedo ou tarde, a chuva vem em seu próprio tempo, não adianta forçar. Porém, diferente da natureza, nós não temos toda essa paciência. Queremos tudo pro agora, tudo pronto. E é difícil aceitar, ou ao menos entender, que existe um tempo pra tudo. Mas aí eu me pergunto, como posso saber o bendito "momento certo"? Observando, isso mesmo, observando. Sempre que uma coisa está para acontecer ela deixa evidencias de que irá acontecer. Pensem no exemplo de que sempre antes de chover o céu fica nublado, dando a entender que a "hora chegou". 


      Outra coisa que passou pela minha cabeça é de que a chuva é igual pra todos. Ela não escolhe sobre quem ela vai cair. Ela é a mesma tanto pra mim quanto pra você. Isso quer dizer que todos nós estamos sujeitos a mudança, sujeitos a ter alegria e ao mesmo tempo sentir ausência dela. Bom, não consigo acreditar no acaso, na aleatoriedade das coisas. Penso que cada coisa tem uma função. Mesmo que tal coisa seja ruim, ela possui uma finalidade. O propósito da chuva é fazer com que as árvores recebam energia e possam crescer. Então "cair", sofrer, tem sim um propósito. Cair é necessário, sofrer é necessário, porque é somente caindo que a gente aprende a levantar.

Poderia concluir esse texto com minhas próprias palavras, mas não, prefiro deixar uma mensagem muito mais profunda e bem mais interessante de que qualquer coisa que possa escrever. Então, se você não compreendeu alguma coisa, ou mesmo não tenha gostado, tente refletir sobre essas seguintes palavras...

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar; tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora; tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz." (Eclisiastes 3:1-8)


Vinícius Fernandes


OBS.: "Temos nosso próprio tempo"

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